ÀREES TEMÀTICAS
1. Vozes na luta pelo bem-estar: caminhando para a justiça social |
Um dos "princípios narrativos" é que todos respondem às agressões ou vicissitudes da vida. E que existe um ausente, mas implícito nas respostas que damos, porque os problemas são sempre respondidos e tratados. Nessa área, são coletados aqueles trabalhos que, por meio da Prática Narrativa, têm contribuído para resgatar suas vozes na própria luta. Obras que permitiram abrir espaços a essas vozes e promoveram o ato de justiça que supõe que as pessoas e os povos tomem voz própria, rompendo as cadeias colonialistas dos discursos cisheteropatriarcais. Por este motivo, pretende-se aqui recolher experiências individuais que são geradas a partir de áreas como saúde, saúde mental, educação, sem-abrigo, associações, serviços sociais e em geral, dos diferentes espaços de apoio social ou psicossoci. |
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2. Vozes das Comunidades: Práticas Narrativas Coletivas |
Comunidades e coletivos, em sua luta pela Justiça Social, têm se organizado historicamente sob diferentes guarda-chuvas de intervenção-ação. Dentro da Prática Narrativa, considera-se que “A pessoa / comunidade é especialista na sua própria vida”. A partir desse protagonismo que facilita a Prática Narrativa, coletivos ou comunidades podem vir a se apropriar de uma agência descolonizada que coloca seus próprios valores, rituais, experiências, resistências, esperanças no centro. Nesta área são recolhidos os trabalhos realizados por e para grupos ou comunidades, através dos quais a Prática Narrativa tem contribuído para o resgate das suas vozes nessa luta pela agência e pelo bem-estar individual e comunitário. Portanto, pretende-se recolher aqui experiências grupais e comunitárias que têm permitido a abertura de espaços a essas vozes e o acesso a uma agência comunitária. |
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3. Vozes pela Diversidade: Cultura, Gênero e Relacionamentos |
Socialmente, diferentes evoluções e mudanças significativas estão ocorrendo em termos de identidade e possibilidades conceituais relacionais. De identidades de gênero, masculinidades, feminilidade, relações familiares, relações afetivo-sexuais que oferecem um caldeirão relacional em mudança aberto a múltiplas e diversas possibilidades. Nessa área, são coletados os trabalhos que, por meio da Prática Narrativa, têm contribuído para gerar possibilidades / discursos / histórias narrativas fora da identidade ciseteropatriarcal e dos estereótipos relacionais. Por esse motivo, pretende-se aqui recolher experiências que a partir da Prática Narrativa foram realizadas no seio da diversidade relacional e da identidade múltipla, desde a criação do discurso dissidente, ou de práticas de resistência às construções hegemónicas impostas. |
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4. Vozes para a diversidade funcional: atenção à diversidade funcional da prática narrativa |
O mundo da diversidade funcional inclui uma gama de espaços de trabalho, não só pelas características proporcionadas pelas diferentes (des) Capacidades, mas também pela longa luta e evolução das narrativas e discursos sobre / do próprio coletivo. É um espaço onde as pessoas foram rotuladas, sempre sob um saber colonial dominante, e até mesmo fundidas com as condições de diferentes capacidades e funcionalidades. Um espaço onde rótulos e diagnósticos têm sido necessários para sua inserção nos diferentes sistemas de proteção social. Esta área inclui aqueles trabalhos que, através da Prática Narrativa, têm contribuído para a estruturação de outras narrativas / histórias de pessoas e grupos, bem como para o resgate das suas vozes e saberes periciais. Obras que permitiram abrir espaços a essas vozes, fomentando a agência pessoal e rompendo com o discurso estruturalista colonialista. Por este motivo, pretende-se aqui recolher experiências individuais, grupais ou comunitárias que são geradas a partir do campo da diversidade funcional, seja por questões sensoriais, intelectuais, cognitivas, físicas, multipatológicas, de saúde mental ou outras. |
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